domingo, 3 de novembro de 2013

A IGREJA E A FAMÍLIA



O tema em apreço tem sido alvo de inúmeras pesquisas, discussões e também um importante campo de batalha para especulações por parte das ciências sociais. O fato é que nosso conhecimento e conceito de família tem sido colocado em check, frente a  evolução porque  tem passado no decorrer dos anos. Mas isso não é algo novo. É preciso compreender essas mudanças para saber como agir.

   A cada dia, fatos novos surgem na vida familiar. O celibato tem servido de opção para muitos. Muitos dos que se casam, acabam separando-se. As famílias já não são tão numerosas como antes, e muitos decidem não ter filhos. O casal trabalha fora de casa e são poucos os parentes que vivem perto uns dos outros; a educação dos filhos está cada dia mais a cargo das creches, jardins de infância, escolas e meios de comunicação.

 O Estado tem assumindo a função – tradicionalmente reservada à família – de educar os filhos. A família é mais dependente das instituições políticas, e menos de seus próprios membros. O que se constata é que, embora os serviços governamentais sejam fundamentais para a vida moderna, não pode substituir as responsabilidades funcionais da família.

    Cada vez mais as pessoas vivem em comunidades, relacionando-se com pessoas que não se configuram como famílias. Há ainda a questão dos casais homossexuais, a legalização da união civil e a adoção de crianças por estes, e também as famílias, onde a mulher é a chefe, além de aumentar o número de pessoas vivendo juntas sem serem casadas. E a lista de “novidades” não pára por aí.

   Como resposta aos problemas relacionados à família, espera-se que a igreja reforme sua vida para que possa tornar-se uma “comunidade de fé” para a humanização das pessoas e da vida social. O desafio para uma igreja que não dispõe de programas adequados para atender a demanda de pessoas necessitadas, é grande, e ela não pode imiscuir-se de tamanha responsabilidade. Ela necessita, antes de mais nada, reformar suas liturgias, criando um contexto no qual as pessoas adquiram, mantenham e aprofundem a fé cristã.

 A igreja é uma associação humana com caracetrísticas peculiares. Ela é a ekklésia de Deus, um grupo de pessoas chamadas para ser e fazer algo juntas pelo bem estar de cada um. Além disso, acredito que a família de fé deve proporcionar cura, mediante ritos de reconciliação em particular e de união em público.


   Por fim, penso que precisamos rever nossas concepções da igreja e da família, bem como elaborar e organizar programas que permitam reconquistar terrenos perdidos ao longo do tempo. A igreja deve começar a atuar com as famílias. A igreja deve proporcionar uma qualidade de vida e experiência essencialmente diferente do que se apresenta na sociedade. Isso é o mínimo que se espera de uma classe que leva o nome do Senhor e do seu Cristo.