segunda-feira, 11 de novembro de 2013

AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NO TRÂNSITO




A Avaliação Psicológica no contexto do Trânsito é uma exigência do Código de Trânsito Brasileiro e do Conselho Nacional de Trânsito. Foi regulamentada pelo Conselho Federal de Psicologia e é fiscalizada pelos Conselhos Regionais de Psicologia, pois se trata de uma atividade exclusiva dos psicólogos. A Avaliação Psicológica no contexto do Trânsito é um processo técnico-científico de coleta de dados, estudos e interpretação de informações a respeito dos fenômenos psicológicos dos indivíduos. É um processo de conhecimento do outro de forma científica e especializada.

     Dentre os instrumentos psicológicos utilizados para a avaliação psicológica encontram-se os testes, entrevistas, questionários e observações. Para os candidatos a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) a entrevista individual e os testes psicológicos são obrigatórios para a realização da avaliação psicológica. 

    A etapa de aplicação e Testes Psicológicos pode ser realizada coletivamente e possui uma duração média de 02 (duas) horas. A etapa de Entrevista deve ser individual e a duração média sugerida pelo departamento Médico e Psicológico do DETRAN é de 30 (trinta) minutos. Cabe ao profissional psicólogo avaliar se o candidato necessita realizar mais etapas de avaliação, como reaplicação de testes, por exemplo, o que deve ser sempre explicado ao avaliado o porquê desse procedimento. 

   Após a finalização da avaliação o psicólogo elabora um laudo, com resultado final conclusivo. Atualmente existem três tipos de resultados possíveis: I- apto: quando o desempenho apresentado é condizente para a condução de veículo automotor. II- inapto temporário: quando não é apresentado desempenho condizente para a condução de veículo automotor, porém o avaliado possui um tempo para se adequar e voltar a fazer o processo para a obtenção da CNH. III- inapto: quando o desempenho apresentado não é condizente para a condução de veículo automotor. 

     O que é avaliação psicológica no contexto do trânsito? Por que a avaliação psicológica é obrigatória para obtenção de CNH? 
O ato de dirigir é complexo, envolve diversas competências, habilidades e atitudes e requer do motorista um bom nível de maturidade emocional e capacidade intelectual, as quais lhe permitem interpretar estímulos e reagir estrategicamente no trânsito. Sendo assim, a CNH não pode ser considerada como um direito de todos, mas sim como uma permissão, um privilégio que o Estado concede àquelas pessoas que se mostram capazes e aptas para obtê-la. 

   Portanto, a avaliação psicológica tem por finalidade contribuir para promover a segurança dos motoristas, já que o psicólogo é um dos responsáveis pela liberação do candidato para a direção de veículos automotores. 



domingo, 3 de novembro de 2013

A IGREJA E A FAMÍLIA



O tema em apreço tem sido alvo de inúmeras pesquisas, discussões e também um importante campo de batalha para especulações por parte das ciências sociais. O fato é que nosso conhecimento e conceito de família tem sido colocado em check, frente a  evolução porque  tem passado no decorrer dos anos. Mas isso não é algo novo. É preciso compreender essas mudanças para saber como agir.

   A cada dia, fatos novos surgem na vida familiar. O celibato tem servido de opção para muitos. Muitos dos que se casam, acabam separando-se. As famílias já não são tão numerosas como antes, e muitos decidem não ter filhos. O casal trabalha fora de casa e são poucos os parentes que vivem perto uns dos outros; a educação dos filhos está cada dia mais a cargo das creches, jardins de infância, escolas e meios de comunicação.

 O Estado tem assumindo a função – tradicionalmente reservada à família – de educar os filhos. A família é mais dependente das instituições políticas, e menos de seus próprios membros. O que se constata é que, embora os serviços governamentais sejam fundamentais para a vida moderna, não pode substituir as responsabilidades funcionais da família.

    Cada vez mais as pessoas vivem em comunidades, relacionando-se com pessoas que não se configuram como famílias. Há ainda a questão dos casais homossexuais, a legalização da união civil e a adoção de crianças por estes, e também as famílias, onde a mulher é a chefe, além de aumentar o número de pessoas vivendo juntas sem serem casadas. E a lista de “novidades” não pára por aí.

   Como resposta aos problemas relacionados à família, espera-se que a igreja reforme sua vida para que possa tornar-se uma “comunidade de fé” para a humanização das pessoas e da vida social. O desafio para uma igreja que não dispõe de programas adequados para atender a demanda de pessoas necessitadas, é grande, e ela não pode imiscuir-se de tamanha responsabilidade. Ela necessita, antes de mais nada, reformar suas liturgias, criando um contexto no qual as pessoas adquiram, mantenham e aprofundem a fé cristã.

 A igreja é uma associação humana com caracetrísticas peculiares. Ela é a ekklésia de Deus, um grupo de pessoas chamadas para ser e fazer algo juntas pelo bem estar de cada um. Além disso, acredito que a família de fé deve proporcionar cura, mediante ritos de reconciliação em particular e de união em público.


   Por fim, penso que precisamos rever nossas concepções da igreja e da família, bem como elaborar e organizar programas que permitam reconquistar terrenos perdidos ao longo do tempo. A igreja deve começar a atuar com as famílias. A igreja deve proporcionar uma qualidade de vida e experiência essencialmente diferente do que se apresenta na sociedade. Isso é o mínimo que se espera de uma classe que leva o nome do Senhor e do seu Cristo.