segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

A ORAÇÃO DO " PAI NOSSO " Parte 7


Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores”           
     
Nas relações interpessoais, não raras vezes, ocorrem choques, desavenças e desentendimentos, que quase sempre resultam em mágoas, ressentimentos, raiz de amargura e rompimento das relações.
A ausência de perdão, via de regra mantém o ofendido “preso” ao ofensor pelo tempo em que perdurar essa animosidade, seja em que nível de relacionamento for (familiar-trabalho-igreja-vizinhança, etc.)
O Senhor Jesus, no entanto, não estava falando sobre perdão de ofensas pessoais, ainda que este deve ser liberado ao ofensor, ilimitadamente (Mt 18.22), e sim, sobre o perdão de dívidas. Isso nos remete à Parábola do credor incompassivo, proferida por Jesus (Mt 18.23-35), em  que  um certo homem tinha uma grande dívidal, algo em torno de “milhões” e, na iminência de perder sua família e seus bens por conta disso, e não tendo com que pagar, suplicou o perdão a seu credor. Este, movido de íntima compaixão, perdoou-lhe, quitando a dívida integralmente.
Ao sair de sua presença o ex-devedor encontrou alguém que lhe devia uma quantia “ínfima”’, se comparada a que ele devia anteriormente, algo de em torno de “um salário mínimo”. O devedor implorava o perdão de sua dívida e pedia misericórdia mas, numa atitude impiedosa, o credor passou a sufocar o homem exigindo o pagamento integral de sua dívida, sob pena de ele ser preso até que pagasse tudo o que devia.
 Seus companheiros ao presenciarem ato tão desumano dirigiram-se a casa do senhor daquele servo, relatando-lhe o ocorrido. Este então mandou chamá-lo e passou a questionar sua atitude lançando-lhe em rosto sua maldade e insensibilidade para com seu próximo. O final da história todos sabem. Ele foi entregue aos atormentadores e preso, até que pagasse a quantia devida. O Senhor Jesus conclui dizendo:” Assim vos fará também meu pai celestial, se do coração não perdoardes cada um a seu irmão, as suas ofensas.
Depreendemos desse relato que, primeiramente ele recebeu o perdão do rei, seu senhor somente na volta, após encontrar-se com o seu devedor. Ocorreu algo semelhante conosco, pois primeiramente fomos perdoados por Deus para só então podermos perdoar nosso irmão. O perdão de nossos pecados, eu creio, é proporcional ao perdão que eu dispenso para com meu irmão. Parece significar, na mesma proporção que, do mesmo modo que,.assim, quando oramos o pai nosso e chegamos nesse ponto, sentimo-nos constrangidos a olhar introspectivamente e, refletir se estamos ou não sendo sinceros perante o Senhor.

CONVIVÊNCIA HOMOSSEXUAL NA PARÓQUIA

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Escrito por UOL.COM.BR   

Igrejas evangélicas da Alemanha permitem que pastores e bispos gays morem com parceiros
 
NOTÍCIAS: 

Depois de uma reunião realizada na semana passada, a maioria do sínodo da Igreja Evangélica local passou a permitir que os sacerdotes  homossexuais do Estado alemão da Baviera poderão conviver nas casas paroquiais com os parceiros.
A reunião aprovou a medida com 98 votos a favor, cinco contra e cinco abstenções, seguindo assim a recomendação prévia emitida pelo Conselho Evangélico do Estado da Baviera.
Assim, a partir de agora, os pastores homossexuais e as pastoras lésbicas poderão solicitar permissão à Igreja evangélica para compartilhar as dependências paroquiais com seus respectivos companheiros ou companheiras.
A hierarquia eclesiástica vai decidir cada caso individualmente, analisando se a convivência comum não afetará o trabalho pastoral do sacerdote.
A Igreja Evangélica Alemã deixa nas mãos das Igrejas regionais a decisão sobre a convivência dos casais homossexuais, por isso a regra varia entre os estados da Alemanha.
O caso da Baviera é especialmente chamativo, porque é considerado a região mais tradicionalista da Alemanha. Atualmente, o país conta com mais de 24 milhões fiéis evangélicos.

Fonte: http://www.neirmoreira.com/2010/index.php?option=com_content&view=article&id=101:gay&catid=44:mensagem -  
NEIR MOREIRA
Teólogo & Psicólogo
    

EM DEFESA DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO RELIGIOSA

MANIFESTO: 

A Universidade Presbiteriana Mackenzie vem recebendo ataques e críticas por um texto alegadamente “homofóbico” veiculado em seu site desde 2007. Nós, de várias denominações cristãs, vimos prestar solidariedade à instituição. Nós nos levantamos contra o uso indiscriminado do termo “homofobia”, que pretende aplicar-se tanto a assassinos, agressores e discriminadores de homossexuais quanto a líderes religiosos cristãos que, à luz da Escritura Sagrada, consideram a homossexualidade um pecado. Ora, nossa liberdade de consciência e de expressão não nos pode ser negada, nem confundida com violência. Consideramos que mencionar pecados para chamar os homens a um arrependimento voluntário é parte integrante do anúncio do Evangelho de Jesus Cristo. Nenhum discurso de ódio pode se calcar na pregação do amor e da graça de Deus.
Como cristãos, temos o mandato bíblico de oferecer o Evangelho da salvação a todas as pessoas. Jesus Cristo morreu para salvar e reconciliar o ser humano com Deus. Cremos, de acordo com as Escrituras, que “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23). Somos pecadores, todos nós. Não existe uma divisão entre “pecadores” e “não-pecadores”. A Bíblia apresenta longas listas de pecado e informa que sem o perdão de Deus o homem está perdido e condenado. Sabemos que são pecado: “prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, contendas, rivalidades, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias” (Gálatas 5.19). Em sua interpretação tradicional e histórica, as Escrituras judaico-cristãs tratam da conduta homossexual como um pecado, como demonstram os textos de Levítico 18.22, 1Coríntios 6.9-10, Romanos 1.18-32, entre outros. Se queremos o arrependimento e a conversão do perdido, precisamos nomear também esse pecado. Não desejamos mudança de comportamento por força de lei, mas sim, a conversão do coração. E a conversão do coração não passa por pressão externa, mas pela ação graciosa e persuasiva do Espírito Santo de Deus, que, como ensinou o Senhor Jesus Cristo, convence “do pecado, da justiça e do juízo” (João 16.8).
Queremos assim nos certificar de que a eventual aprovação de leis chamadas anti-homofobia não nos impedirá de estender esse convite livremente a todos, um convite que também pode ser recusado. Não somos a favor de nenhum tipo de lei que proíba a conduta homossexual; da mesma forma, somos contrários a qualquer lei que atente contra um princípio caro à sociedade brasileira: a liberdade de consciência. A Constituição Federal (artigo 5º) assegura que “todos são iguais perante a lei”, “estipula ser inviolável a liberdade de consciência e de crença” e “estipula que ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política”. Também nos opomos a qualquer força exterior – intimidação, ameaças, agressões verbais e físicas – que vise à mudança de mentalidades. Não aceitamos que a criminalização da opinião seja um instrumento válido para transformações sociais, pois, além de inconstitucional, fomenta uma indesejável onda de autoritarismo, ferindo as bases da democracia. Assim como não buscamos reprimir a conduta homossexual por esses meios coercivos, não queremos que os mesmos meios sejam utilizados para que deixemos de pregar o que cremos. Queremos manter nossa liberdade de anunciar o arrependimento e o perdão de Deus publicamente. Queremos sustentar nosso direito de abrir instituições de ensino confessionais, que reflitam a cosmovisão cristã. Queremos garantir que a comunidade religiosa possa exprimir-se sobre todos os assuntos importantes para a sociedade.
Manifestamos, portanto, nosso total apoio ao pronunciamento da Igreja Presbiteriana do Brasil publicado no ano de 2007 (aqui) e reproduzido parcialmente, também em 2007, no site da Universidade Presbiteriana Mackenzie, por seu chanceler, Reverendo Dr. Augustus Nicodemus Gomes Lopes. Se ativistas homossexuais pretendem criminalizar a postura da Universidade Presbiteriana Mackenzie, devem se preparar para confrontar igualmente a Igreja Presbiteriana do Brasil, as igrejas evangélicas de todo o país, a Igreja Católica Apostólica Romana, a Congregação Judaica do Brasil e, em última instância, censurar as próprias Escrituras judaico-cristãs. Indivíduos, grupos religiosos e instituições têm o direito garantido por lei de expressar sua confessionalidade e sua consciência sujeitas à Palavra de Deus. Postamo-nos firmemente para que essa liberdade não nos seja tirada.
Este manifesto é uma criação coletiva com vistas a representar o pensamento cristão brasileiro.

Fonte: http://www.neirmoreira.com/2010/index.php?option=com_content&view=article&id=104:liberdade&catid=43:mensagem&Itemid=44

NEIR MOREIRA
Teólogo & Psicólogo