quinta-feira, 5 de julho de 2012

PREVENIR É MELHOR DO QUE REMEDIAR








Erro comum é acreditar que só o que a gente põe no papel fica registrado e disponível para o futuro. Nada disso. O que se escreve na rede mundial, a internet, não apenas fica registrado como se propaga com a rapidez de um clique. Caiu na rede, lascou-se!
Aquele palavrão que você postou no facebook foi compartilhado cem vezes. A bobagem escrita no twitter foi retuitada. Você ofendeu alguém no seu blog? Às vezes, já se desculpou e foi perdoado pelo ofendido. Mas a injúria permanece incrustada nos subterrâneos da rede.

Sabendo procurar, até leite de galinha a gente localiza na internet. Então imagine como é fácil alguém encontrar comentários dos quais nos arrependemos. Foram postados sem reflexão. Como evitar isso? Cláusula pétrea: releia sempre o que você redige.

De forma alguma esse cuidado deve ser confundido com uma atitude policialesca ou castradora. O objetivo não é travar a expressão das nossas opiniões, mas sim qualificá-las. Pois no mar sem fim que a rede mundial se tornou, o peixe de ouro é a relevância.

Realmente não importa se você escreve sobre aviação, literatura, culinária, apicultura, corte e costura, sexo dos anjos, cinema, política, cervejas. Há algumas dicas-baliza para tornar o seu conteúdo relevante.

Esqueça o copie-cole. Essa má prática fará você ficar igual a um milhão de outros. Não abrace temas só porque estão na moda. Alguém já disse: "O problema da moda é que ela nasce para deixar de ser moda". Ponha fé no seu ponto de vista, mesmo que ele seja um patinho feio.


Lembre-se de checar os dados. Não saia por aí escrevendo que a capital da Turquia é Istambul. Negativo. É Ancara! Nem invente que John Lennon trocou e-mails com Yoko Ono. O músico foi assassinado em 1980, antes da difusão da internet.

Use e abuse da sinceridade. Escreva sobre assuntos ou sentimentos nos quais acredita. Ponha 50% de paixão e 50% de razão nos seus argumentos. Todo escrevinhador quer flechar o coração do leitor. A questão é que os leitores sabem quando leem algo falso ou forçado. Portanto não os subestime.

Saia da gaveta. Marque presença. Participe. Opine. Dialogue. Mas faça tudo com responsabilidade. Afinal o que a maioria quer, com fervor, é uma internet rápida, abrangente, democrática, diversa e qualificada.

 * iPhonografia: Régine Ferrandis, de Paris.

Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/blogs/mente-aberta/escreveu-leia-novo-115326426.html