sexta-feira, 29 de julho de 2011

QUANDO É PRECISO FALAR - Poesia






Quero silenciar e me fechar no âmago das reflexões.

Nada dizer, nem responder, apenas pensar, refletir.
Buscar no profundo, respostas, e no íntimo, explicações,
Entender, discernir os fatos circundantes.






Explicar o inexplicável, compreender o incompreensível,
perceber o imperceptível, refletir.
Encontrar o caminho para prosseguir, retornar,
depende de onde decida ir ou onde eu queira chegar,









Quero silenciar por um momento, ouvir apenas a voz

do pensamento, da razão, e se possível, da emoção.
Quero calar minha própria voz por um instante, ouvir o vento,
Suave e lento soprar em meu ser inquietante, pulsante.







Quero retomar minha vida, meu passado, meus objetivos primários,
Fixar os alvos, restabelecer as metas, fugir desse calvário,
Voltar a sonhar, sentir-me vivo, alguém no mundo, útil enfim.
Talvez assim, e só assim, o silêncio seja descartado.





Quero silenciar, em meio ao bramido do mar,
do mar de gente que à minha volta estridente está a se agitar;
Mas não consigo, porque calar não é comigo, quero mesmo é falar.








Falar o que sinto, seguir o instinto, ser feliz.
Porque silenciar é desistir do direito natural de se fazer ouvir,
De argumentar, de questionar, de ser alguém, enfim.








Quem silencia, consente, compactua, se acomoda e aceita
as coisas como são e estão.
Quero silenciar, quero me calar, mas não agora,
porque agora quero ser eu mesmo. Quero ser ouvido!
QUERO FALAR!!








® Autor: Wanderlei D. da S. Lopes/ Julho/09

É proibida a reprodução total ou parcial desta poesia sem autorização por escrito do
Autor”