quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

A ORAÇÃO DO " PAI NOSSO " Parte 2


“Pai Nosso, que estás nos céus! - “Declaração de amor a Deus”


   
Ao adentrarmos à presença de Deus e dizer ”Pai Nosso” ,na maior parte das vezes não  nos damos conta de que entramos, noutra dimensão espiritual, sagrado, amplo , confortante, onde não há lugar para medos e incertezas; um lugar onde reina a paz e a segurança. Ali é o lugar do encontro com o Todo-poderoso, onde ele vai revelar-se como pai.
Declaramos nosso amor a Ele quando nos dirigimos com a expressão “Paizinho querido” Curiosamente o Senhor Jesus, que ensinou a oração Dominical, não tem seu nome mencionado nela. Qual a razão disso, perguntariam os curiosos? Este fato é revelado  já pelas primeiras duas palavras da oração: ”Pai Nosso”. Este “nosso” indica, primeiro, que não oramos a oração de Jesus sozinhos, isolados pois fazemos parte duma corrente de incontáveis filhos e filhas de Deus, cujos elos interligam-se através dos séculos, por todos os quadrantes da terra.
Ou seja, nós não entramos na casa de Deus como estranhos, nem entramos sozinhos, mas o próprio Cristo , o Filho de Deus , aquele que tem o direito filial de habitar na casa paterna, vai ao nosso lado.
Jesus é aquele que se identifica conosco, quando entra ao nosso lado,e com isso nos dá a certeza de que o seu Pai é também o nosso pai .A oração de Jesus nos livra de nossa solidão e faz-nos sentir parte do seu corpo.
 Em João 15.5 Jesus declarou “sem mim nada podereis fazer”.Entendo que essa declaração refere-se, também, a oração. Sem ele o santuário permaneceria trancado. Jesus é a porta da oração dominical. Sem ele, o Santuário permanece fechado.
   O fato de Jesus ter ensinado a oração do Pai Nosso e não do “Pai de Jesus que estás nos céus”, está no fato de que o seu Pai é nosso Pai e, este “nosso” é a  nossa esperança, e nela estamos seguros, como âncora da alma, ao mesmo tempo em que somos seguros pelas mãos de Jesus. Podemos, pois entrar com confiança ao trono da graça, sabendo que se compraz naqueles que, através de seu filho, tornaram-se filho de Deus.
   Outro aspecto que chama a atenção na Oração Dominical é o céu , em que o pai habita. É difícil imaginar como seja esse céu, pois nossa herança cultural não nos permite visualizá-lo na real dimensão em que se encontra. Ele sugere vastidão estrelas, planetas, raios cômicos e distância.
 Mas o céu da fé não pode ser visto desta forma, pelo contrário, deve ser visto como uma dimensão acima da realidade física, tangível. Devemos pensar em céu, como lugar de santidade, majestade, glória, justiça e amor sem limites. Não somos nenhum zero á esquerda, um fulano-sem-nome. O céu é nossa herança em Jesus Cristo.

1 TIMÓTEO




Considerações gerais sobre Timóteo

Timóteo é um bom exemplo de alguém que foi influenciado por familiares tementes a Deus. Sua mãe, Eunice, e sua avó Lóide, eram crentes judias que ajudaram em sua formação e promoveram seu crescimento espiritual (2 Tm 1.5; 3.15). Na “segunda geração” cristã mencionada no NT, Timóteo se tornou um aprendiz de Paulo e Pastor da igreja em Éfeso. No papel de um jovem ministro, Timóteo enfrentou todos os tipos de pressões, conflitos e desafios da igreja e da cultura que estava à sua volta. Era de caráter sensível e retraído, e, portanto, inclinado a deixar de afirmar a sua autoridade.  Para aconselhar e encorajar Timóteo, Paulo enviou-lhe esta carta extremamente pessoal.

Data da carta

Paulo escreveu 1 Timóteo cerca de 64 d.C, provavelmente pouco antes de seu último encarceramento romano. Por ter apelado a César, Paulo foi enviado como prisioneiro a Roma (ver Atos 25 – 28). A maioria os estudiosos acredita que Paulo foi libertado aproximadamente em 62 d.C.(possivelmente porque o “estatuto das limitações” havia expirado), e que o apóstolo deve ter viajado nos anos seguintes. Durante esse tempo, ele escreveu 1 Timóteo e Tito. Logo, porém, o imperador Nero iniciou sua campanha para eliminar o Cristianismo. Acredita-se que durante este período Paulo foi novamente encarcerado e finalmente executado.
Durante esse segundo encarceramento romano, Paulo escreveu sua segunda carta a Timóteo. Tito e as duas cartas de Timóteo formam as chamadas “Cartas Pastorais”.

Panorama

“À medida que as igrejas de Cristo aumentaram em número, a questão de ordem, de firmeza na fé, e de disciplina tornou-se importante. No começo, os apóstolos regulavam pessoalmente esses assuntos, mas ao aproximar-se o fim do período apostólico, tornou-se necessário que houvesse uma clara revelação para a direção das igrejas.
Timóteo era um dos companheiros mais íntimos de Paulo. Paulo enviou-o a igreja em Éfeso para deter o falso ensino que ali havia surgido (1.3,4). O gnosticismo (v.4) e o legalismo (vv 5-11), ameaçavam a igreja. Timóteo provavelmente serviu por algum tempo como líder na igreja de Éfeso. Paulo esperava visitá-lo (3.14,15; 4.13), mas enquanto isso, escreveu essa carta para dar a ele instruções práticas sobre o ministério.

 Principais temas Teológicos

A primeira carta de Paulo a Timóteo confirma o relacionamento deles (1.2). Paulo inicia seu conselho paternal, advertindo Timóteo a respeito dos falsos mestres ( 1.3-11) e exortando-o a se apoiar em sua fé em Cristo (1.12-20). A seguir, Paulo examina a adoração pública,        
enfatizando a importância da oração (2.1-7) e da ordem nas reuniões da igreja (2.8-15). Isto leva a uma abordagem acerca das qualificações dos líderes da igreja – presbíteros e diáconos. Neste ponto, Paulo lista critérios específicos para cada ofício (3.1-16).Paulo fala novamente a respeito dos falsos mestres, ensinando Timóteo como reconhecer e responder a eles (4.1-16). Em seguida, dá um conselho prático sobre o cuidado pastoral com os jovens e idosos (5.1,2),viúvas (5.3-16), anciãos (5.17-25) e escravos (6.1,2). Paulo conclui exortando Timóteo a manter seus objetivos (6.3-10), a permanecer firme em sua fé (6.11,12), a viver de modo irrepreensível (6.13-16), e a ministrar fielmente (6.17-21).

Fonte pesquisada:  Bíblia de Aplicação Pessoal – pg 1700