sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

PRISIONEIRO

          


           Debato-me dentro de mim,  
              Quero sair, correr, pular, gritar.                                                                                 
                 Libertar-me, enfim.
                   Seguir meu caminho,
                      Livre, leve, solto e sozinho,   
                         E, então comemorar.

    Quero chorar e não consigo,
       Procuro então abrigo,
         Alguém para me consolar.
            O afago que falta, a palavra
              que não vem, a solução que tarda,
                  é tudo que se tem.


    Preso estou em pensamentos,
       Em devaneios e idéias desconexas,
          Imaginações do inconsciente,
             sonhos que viram pesadelo, e a
                 Loucura que ameaça intensamente.

    Não há prisão pior que a  prisão das idéias,
      Do pensamento, das ações e da consciência.
         Por ela a inteligência é testada e
            A dignidade humana, colocada à prova.

     O encarceramento do “eu” causa dor,
       E o isolamento machuca o coração. 
         Livrar-se da culpa alivia o peso
            e fugir do claustro que o domina,
               seu objetivo principal.


    Quero ser livre e ao mesmo tempo preso,
       Não à filosofias é idéias absurdas,
          Tampouco à ideologias insanas,
             Livre para pensar, agir e falar.   
                 Livre para escrever, Livre para Amar,
                     Livre para VIVER.  



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