terça-feira, 31 de dezembro de 2013

A PEDAGOGIA DE DEUS


        

"Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito." (Rm 8.28)

Estamos certos de que Deus age em todas as coisas com o fim de beneficiar todos os que o amam, dos que foram chamados conforme seu plano. (Bíblia Kim James)


 A expressão "todas as coisas", segundo os melhores manuscritos,  é objeto do verbo grego sunergei, indicando que o agente da ação é Deus. Algumas correntes filosóficas, espiritualistas e esotéricas usam esse trecho da Bíblia para sugerir uma espécie de pensamento positivo inconsistente, visto que as leis físicas provam que "as coisas" no universo não estão se organizando ou ficando melhores, mas se desestruturando e falindo. Portanto, "as coisas" não podem produzir qualquer progresso por si mesmas. É Deus quem põe ordem no caos e convoca o ser humano para ser seu companheiro nessa empreitada. (BKJ, p. 2172)


    Daqui poucas horas 2013  fará parte do passado. Foi um ano difícil para muitos de nós, sob vários aspectos. Mas... deixemos de lado os fatos negativos, as perdas ou qualquer situação adversa de que tenhamos sido alvos ao longo do ano, pois geralmente quando não o fazemos, invariavelmente superestimamos os fracassos e subestimamos as conquistas, que são sempre frutos de todo um esforço.

    2013 foi um ano ano de constante aprendizado, tanto no aspecto pessoal, como profissional e também espiritual, e embora o processo desse discipulado não tenha sido claro e, por vezes, ambíguo, o fato é que a pedagogia do Espírito sempre será superior a humana, e seus métodos de nos adestrar e treinar, infinitamente mais eficazes. Com isso corroboram as palavras do profeta Isaías, que, inspirado pelo Espírito, declarou: 

Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o Senhor, porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos (Is 55.8,9).


Mesmo diante do fracasso - se for o caso - procure continuar vendo tudo com otimismo, enfrentando o fracasso não como um desastre pessoal, mas como uma experiência de aprendizado. Seja resiliente ! A mensagem abaixo pode ajudá-lo a entender melhor essa questão:


 "A resiliência é vital para encerrar uma etapa. Ninguém pode terminar bem sem desenvolver a força do caráter, testado durante tempos difíceis. Uma árvore sem um tronco robusto pode cair na primeira tempestade. Líderes destacados caíram, e mais tarde descobriu-se que o cerne do seu caráter era poder. Aqueles que permanecem firmes no fim são os que enfrentaram tempestades e desenvolveram a resiliência.
Um líder assim é Samuel. Em sua função como sacerdote perante o povo, ele experimentou um desapontamento atrás do outro. As decepções poderiam tê-lo tornado cínico. Seu mentor, Eli, o decepcionou. Seus próprios filhos o decepcionaram. O povo que liderava o decepcionou. Seu pupilo, Saul, o decepcionou também. Como Samuel conseguiu navegar através das decepções sem afundar, vítima do desencanto? Como ele pode manter-se no curso, quando tantos próximos a ele falharam em viver de acordo com as expectativas?"    (WONG, 2006 p.92)

Gostaria de desejar a todos um Feliz e Próspero 2014. Que a esperança num novo amanhecer renasça em cada coração, todos os dias desse novo ano. Que o Senhor vos abençoe em Cristo!


                           
                           A VITÓRIA É NOSSA PELO SANGUE DE JESUS !!






segunda-feira, 11 de novembro de 2013

AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NO TRÂNSITO




A Avaliação Psicológica no contexto do Trânsito é uma exigência do Código de Trânsito Brasileiro e do Conselho Nacional de Trânsito. Foi regulamentada pelo Conselho Federal de Psicologia e é fiscalizada pelos Conselhos Regionais de Psicologia, pois se trata de uma atividade exclusiva dos psicólogos. A Avaliação Psicológica no contexto do Trânsito é um processo técnico-científico de coleta de dados, estudos e interpretação de informações a respeito dos fenômenos psicológicos dos indivíduos. É um processo de conhecimento do outro de forma científica e especializada.

     Dentre os instrumentos psicológicos utilizados para a avaliação psicológica encontram-se os testes, entrevistas, questionários e observações. Para os candidatos a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) a entrevista individual e os testes psicológicos são obrigatórios para a realização da avaliação psicológica. 

    A etapa de aplicação e Testes Psicológicos pode ser realizada coletivamente e possui uma duração média de 02 (duas) horas. A etapa de Entrevista deve ser individual e a duração média sugerida pelo departamento Médico e Psicológico do DETRAN é de 30 (trinta) minutos. Cabe ao profissional psicólogo avaliar se o candidato necessita realizar mais etapas de avaliação, como reaplicação de testes, por exemplo, o que deve ser sempre explicado ao avaliado o porquê desse procedimento. 

   Após a finalização da avaliação o psicólogo elabora um laudo, com resultado final conclusivo. Atualmente existem três tipos de resultados possíveis: I- apto: quando o desempenho apresentado é condizente para a condução de veículo automotor. II- inapto temporário: quando não é apresentado desempenho condizente para a condução de veículo automotor, porém o avaliado possui um tempo para se adequar e voltar a fazer o processo para a obtenção da CNH. III- inapto: quando o desempenho apresentado não é condizente para a condução de veículo automotor. 

     O que é avaliação psicológica no contexto do trânsito? Por que a avaliação psicológica é obrigatória para obtenção de CNH? 
O ato de dirigir é complexo, envolve diversas competências, habilidades e atitudes e requer do motorista um bom nível de maturidade emocional e capacidade intelectual, as quais lhe permitem interpretar estímulos e reagir estrategicamente no trânsito. Sendo assim, a CNH não pode ser considerada como um direito de todos, mas sim como uma permissão, um privilégio que o Estado concede àquelas pessoas que se mostram capazes e aptas para obtê-la. 

   Portanto, a avaliação psicológica tem por finalidade contribuir para promover a segurança dos motoristas, já que o psicólogo é um dos responsáveis pela liberação do candidato para a direção de veículos automotores. 



domingo, 3 de novembro de 2013

A IGREJA E A FAMÍLIA



O tema em apreço tem sido alvo de inúmeras pesquisas, discussões e também um importante campo de batalha para especulações por parte das ciências sociais. O fato é que nosso conhecimento e conceito de família tem sido colocado em check, frente a  evolução porque  tem passado no decorrer dos anos. Mas isso não é algo novo. É preciso compreender essas mudanças para saber como agir.

   A cada dia, fatos novos surgem na vida familiar. O celibato tem servido de opção para muitos. Muitos dos que se casam, acabam separando-se. As famílias já não são tão numerosas como antes, e muitos decidem não ter filhos. O casal trabalha fora de casa e são poucos os parentes que vivem perto uns dos outros; a educação dos filhos está cada dia mais a cargo das creches, jardins de infância, escolas e meios de comunicação.

 O Estado tem assumindo a função – tradicionalmente reservada à família – de educar os filhos. A família é mais dependente das instituições políticas, e menos de seus próprios membros. O que se constata é que, embora os serviços governamentais sejam fundamentais para a vida moderna, não pode substituir as responsabilidades funcionais da família.

    Cada vez mais as pessoas vivem em comunidades, relacionando-se com pessoas que não se configuram como famílias. Há ainda a questão dos casais homossexuais, a legalização da união civil e a adoção de crianças por estes, e também as famílias, onde a mulher é a chefe, além de aumentar o número de pessoas vivendo juntas sem serem casadas. E a lista de “novidades” não pára por aí.

   Como resposta aos problemas relacionados à família, espera-se que a igreja reforme sua vida para que possa tornar-se uma “comunidade de fé” para a humanização das pessoas e da vida social. O desafio para uma igreja que não dispõe de programas adequados para atender a demanda de pessoas necessitadas, é grande, e ela não pode imiscuir-se de tamanha responsabilidade. Ela necessita, antes de mais nada, reformar suas liturgias, criando um contexto no qual as pessoas adquiram, mantenham e aprofundem a fé cristã.

 A igreja é uma associação humana com caracetrísticas peculiares. Ela é a ekklésia de Deus, um grupo de pessoas chamadas para ser e fazer algo juntas pelo bem estar de cada um. Além disso, acredito que a família de fé deve proporcionar cura, mediante ritos de reconciliação em particular e de união em público.


   Por fim, penso que precisamos rever nossas concepções da igreja e da família, bem como elaborar e organizar programas que permitam reconquistar terrenos perdidos ao longo do tempo. A igreja deve começar a atuar com as famílias. A igreja deve proporcionar uma qualidade de vida e experiência essencialmente diferente do que se apresenta na sociedade. Isso é o mínimo que se espera de uma classe que leva o nome do Senhor e do seu Cristo.


quarta-feira, 29 de maio de 2013

30 ANOS SERVINDO AO SENHOR JESUS

   
 No dia vinte e nove de maio de 1983, após três meses de preparação e discipulado, ele descia as águas do batismo, no templo sede da AD em Curitiba. Foi o dia mais importante de sua vida! Infelizmente não dispõe de registro daquele momento histórico, mas guarda tudo na memória, como se tivesse ocorrido ontem! Em poucas palavras gostaria de descrever a experiência que mudou sua vida.

Filho de um casal de congregados da AD de Vila Parolin, o segundo filho de uma família de oito irmãos - embora acompanhasse os pais em quase todas as reuniões da igreja - jamais tivera uma experiência pessoal com Jesus. Quando o relacionamento dos pais chegou ao fim, resolveram separar-se, não tendo ideia das consequências que isso traria para os filhos. Wanderlei tinha, então, treze anos. Revoltou-se com o fato, ao mesmo tempo em que passou a fazer tudo o que antes não sentia liberdade para fazer, como resultado de uma criação rígida. Com o pai ausente de casa, perdeu o referencial. Criado apenas pela mãe, aos quinze começou a fumar, a beber e a frequentar discotecas e danceterias. Adorava Rock, e idolatrava os cantores e músicos do Heavy metal. Não parava em casa um fim de semana sequer. Aos dezessete apaixonou-se por uma garota de família católica, de nome Rose, que algumas vezes o levou à sua igreja, para ver se ele mudava seu rumo. Mas, devido à formação que recebera, Wander – como ela o chamava carinhosamente - sentia-se “deslocado” quando lá entrava. Nada preenchia o vazio que havia em seu ser. Aos dezoito, passou a frequentar bares, pois agora era maior de idade e “dono do seu nariz”. Mas antes que se aprofundasse naquela vida, um fato inesperado mudou completamente sua história e seu destino.

Num tempo em que se dava muita ênfase aos estudos bíblicos nas Assembleias de Deus e as conversões eram geralmente acompanhadas de uma transformação radical na vida dos que se entregavam a Cristo, Wanderlei foi convidado por sua mãe a ir à igreja onde congregava para assistir ao encerramento de um desses estudos. Inicialmente negou-se a ir, mas por insistência de sua namorada acabou cedendo, não tendo a menor ideia do que o aguardava naquela noite! Cabisbaixo e um tanto envergonhado – já que na infância havia frequentado aquela igreja em companhia dos pais e a maioria das pessoas o conhecia – entrou, procurando não despertar a atenção. Sentou-se o mais distante possível da vista das pessoas. O ministrante da Palavra era um pastor chamado Max, que estava ministrando um estudo com figuras, ilustrando a situação do coração do ser humano. Durante a ministração a atenção do jovem fixou-se na figura que apresentava o coração de um desviado, que, além do espírito mal que saíra dele anteriormente e retornara, outros sete espíritos piores que ele habitavam agora nessa pessoa. Wanderlei começou a refletir sobre aquilo. O quadro tinha tudo a ver com sua vida. Inesperadamente as lágrimas brotaram em seu rosto! Não conseguia parar de chorar! Porém, permaneceu ali, imóvel, sem esboçar reação alguma. O pastor, então, fez um convite, seguido de uma indagação bíblica: “Louco! se hoje pedirem a tua alma, o que tens preparado, para quem será ?” Essa palavra atravessou-lhe o coração como flecha! A essa altura ele já havia decidido entregar-se a Cristo, mas não tinha forças para ir à frente. De repente um irmão que estava assentado no banco do coral saiu e veio em sua direção. Ao chegar  disse: Jovem, o Senhor te chama hoje! Vem, que eu te acompanho até o altar. Lentamente Wanderlei o seguiu, dirigindo-se pelo corredor estreito da velha congregação do Parolin, apoiando-se nas pilastras que sustentavam o teto do templo até o altar. Ao chegar, ajoelhou-se em prantos, e ao levantar-se sentia profunda paz na alma e uma alegria indizível!. Tudo ao seu redor havia mudado. Já não era mais a mesma pessoa. Wanderlei finalmente tivera um encontro com o Senhor Jesus!
Ainda diante do altar, foi abraçado carinhosamente por várias pessoas, que já o conheciam, entre eles Rosalvo Macedo (In memoriam) e a esposa Cândida Macedo, que muito oraram para que um dia Jesus o salvasse. Foi uma noite inesquecível!

Agora, Wanderlei tinha pela frente seu primeiro desafio: seu namoro. A moça não era convertida ainda. Como prosseguir assim? Orou e pediu orientação a Deus. Não queria tomar qualquer iniciativa que pudesse fazê-la sofrer. Na primeira semana de convertido ambos se encontraram como de costume, nas ruínas de São Francisco. Qual foi sua surpresa quando ela fixou-lhe o olhar e disse que ele havia mudado “muito”, que não era mais a mesma pessoa; que até seu jeito de olhar era diferente, e, assim não dava mais para continuar.  Inesperadamente ela decidiu pôr termo ao namoro, que já durava nove meses. Deus tinha ouvido a oração do rapaz. Sentia-se aliviado e agradecido. Agora Wanderlei podia preparar-se para o batismo.

No ano seguinte (1984), ainda inexperiente e solteiro, foi convidado por seu dirigente – Pb Noroé de Oliveira Quadros (in memorian) - a integrar o quadro de cooperadores da congregação. Em Janeiro desse ano, após buscar durante doze meses, o jovem recém convertido recebia o batismo com Espírito Santo, no último dia do 17º Congresso Anual da UMADC. Começava ali sua trajetória ministerial.
 Bodas de Prata - 17/05/2011

O tempo passou e ele soube que sua ex-namorada havia aceitado ao Senhor Jesus e sido batizada. Wanderlei ainda a amava e sentia que sua história com ela não havia terminado. Passaram a encontrar-se com frequência e, após orarem buscando a direção do Senhor, decidiram reatar o relacionamento. No ano seguinte (1985) noivaram e seis meses depois, no dia 17 de maio de1986, entraram na mesma igreja, para trocarem alianças e receberem a bênção do Senhor em seu matrimônio. Cinco meses depois sua esposa engravidou, e, no dia 01 de Julho de 1987 nascia seu primeiro e único filho, Diogo, que foi apresentado ao Senhor no dia 13 do mesmo mês e ano.

Wanderlei foi ordenado ao diaconato em 01/05/93; ao presbitério em 12/12/98 e, em 29 de Outubro de 2009, a Evangelista. Era o Senhor honrando e cumprindo as promessas feitas quando de sua conversão.

Ao longo desses trinta anos teve o privilégio de cooperar em várias congregações do campo  Ministerial de Curitiba, entre elas: V. Parolin (a igreja mãe -1983-1992), Vila Lindóia (1992-1995), Diadema 2 (1995-1996), B.Novo 1 (1996-2006), V.Osternack 1 (2006-2009) e Jd São Carlos (2009 á atual), estas duas últimas como Dirigente. Foi ainda: Líder da Mocidade (em todas as congregações porque passou)líder de evangelismo, secretário, baixista, maestro de vocal, líder Distrital de Jovens (1991-92), Coordenador Regional da UMADC(1999-2000); profº da EBD, coordenador de discipulado, Coordenador de Adolescentes; 2º Dirigente de congregação; dirigente de ponto de pregação; líder de MMI (Ministério com casais), sempre respeitando as orientações de seu pastor local.
   
Congregação que dirige desde 2009
 Só tenho a agradecer a Deus pela chamada e pelo cumprimento de suas promessas. Pelo incentivo e apoio de minha família e amigos, sem o qual não teria chegado até aqui; pelos dirigentes que acreditaram em meu ministério e me apoiaram; pelas igrejas por onde passei e por todos que sempre oraram e me incentivaram.

Sei que ainda há  muito o que fazer para o Senhor e os desafios sempre farão parte dessa caminhada, mas eu sei em quem tenho crido e estou certo de que Ele é poderoso para me guardar até aquele dia e que jamais me abandonará.

Como Samuel posso ousadamente dizer: “Até aqui me tem ajudado o SENHOR”. 1 Sm 7.12b.